sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

PROFECIA DA FAMÍLIA FRANCISCANA DO BRASIL - X


Depois da pausa para o tempo de Natal, retomamos a reflexão sobre o tema "Profecia da Família Franciscana" - item 3.

Na experiência religiosa do mundo e das pessoas, onde está Deus? Deus está muito nas religiões das pessoas e menos na espiritualidade. Não aceite o poder da religião que para mostrar a glória de Deus diz que você não vale nada. Não acredite numa religião que joga Deus contra o humano. Isto pode ser uma espécie de pedagogia religiosa, mas não é espiritualidade franciscana e clariana. Tem muita gente se arvorando em santidade, mas não quer nada com a humanidade. Não adianta ser santo enquanto o mundo vai à breca. Indivíduo é um burguês espiritual. Sujeito é o Evangelho feito profecia!

Produza uma cultura de originalidade e não de clones. Seja político de um modo verdadeiro, no verdadeiro sentido da política: arranjo existencial para o bem comum; capaz de sacrifícios em vista do bem comum. A política não é tudo, mas tudo tem uma dimensão política. A classe política nos representa sim: nós a colocamos lá a través da nossa covardia e alienação. O sujeito ama e pensa o social na medida do amor; não herda uma política, mas sim a conquista. Seja uma presença de ação forte e simbólica: cultivo de identidade que se apresenta e fala. A ação simbólica tem consequências políticas.  Apresente-se! O que não tem visibilidade não existe! Indivíduo se esconde em cópias, sujeito é presença e diferença muito original. A humanidade precisa de nossa sadia originalidade.

Seja uma identidade plena e não vazia. Hoje há uma extrojeção compulsória de uma identidade vazia. É o big brother brasil e sua gritante audiência. É a morte da naturalidade, da sensualidade, da banalização das convivências. Não somos androides feitos para copular sob edredons! Isto embrutece os espíritos que sonham ser mais sadios.

Seja um serviço voltado para as minorias ameaçadas. Ir onde ninguém quer ir, fazer o que ninguém quer fazer. Isto a FFB tem que ter coragem de pegar!

continua

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