Religiosos, mártires da Primeira Ordem (+ 1231). Aprovou seu culto Clemente XI no dia 31 de janeiro de 1705.
João de Perugia, sacerdote, e Pedro de Sassoferrato das Marcas, irmão leigo, entraram na história de santidade da Ordem Franciscana entre os discípulos do seráfico Pobrezinho. Recebido na Ordem dos Frades Menores, antes de 1221, não sabemos detalhes sobre sua vida antes de ser religioso. Todos heroísmo dele e a veneração dos fiéis partem do martírio vivido por ele.
Em 1221, São Francisco enviou um grupo de discípulos como missionários para a Espanha, então invadida pelos mouros. Entre esses pioneiros do Evangelho, São Francisco escolheu também os bem-aventurados João de Perugia e Pedro de Sassoferrato.
Ao chegar à terra de Espanha, os dois santos confrades foram separados do outro grupo religioso e se dirigiram para Aragão, fixando residência em Teruel. O povo desta cidade se interessou por estes virtuosos franciscanos de Assis, que trouxeram o verdadeiro espírito evangélico do Seráfico Pobrezinho. Para eles construíram um convento com duas celas (pequenos quartos), ao lado da pequena igreja do Santo Sepulcro.
Sua permanência em Teruel se prolongou por 10 anos, nos quais evangelizaram com o bom exemplo, pregando o Evangelho com simplicidade, próprio dos primeiros seguidores de São Francisco. Esta pregação simples e incisiva produziu grandes resultados para a santificação dos fiéis.
Movido pelo Espírito Santo, um dia decidiram sair de Teruel e ir para Valência pregar a fé em Cristo para os seguidores de Maomé. Em seu coração, tinham a dupla esperança de converter os muçulmanos e alcançar a palma do martírio.
Em Valência, exerceram seu ministério entre os escravos cristãos. Um dia, inflamados com santo zelo, começaram a pregar a verdade do Evangelho e a refutar os erros do Islamismo em praça pública. Ao chegar a notícia aos ouvidos do rei Azoto, ordenou que os dois franciscanos fossem presos e detidos na prisão. Com mil promessas tentaram fazê-los abandonar sua fé católica e abraçar o profeta Maomé. Mas eles se recusaram absolutamente em se mancharem com tal delito.
Eles foram decapitados em praça pública no dia 29 de agosto de 1231. Segundo se conta, o governador que assinou a execução dos mártires se converteu depois disso e doou o seu próprio palácio para ser transformado em um convento dos Frades Menores. Suas relíquias foram transportadas para a catedral de Teruel, onde são venerados como padroeiros da cidade.
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