Ermitão, Terceira Ordem (+ 1373)
Aprovou seu culto Pio IX em 4 de outubro de 1856.
Hugolino Magalotti nasceu em Camerino, nas Marcas, de uma antiga e nobre família. Em pequenino ficou órfão, primeiro de mãe e depois também de pai. Na juventude sentia gosto por obras de piedade e leitura de livros santos. Integrado na Ordem Franciscana Secular, distribuiu pelos pobres todos os seus haveres e foi viver para um eremitério.
Na sua vida solitária foi provado por violentas tentações e aparições monstruosas. Mais aflitiva para ele foi a fama resultante dos milagres, a ponto de várias vezes se ver obrigado a mudar de poiso para se livrar do contínuo assédio dos curiosos. De vez em quando ia a um mosteiro próximo para receber os sacramentos. Tinha por leito habitual uma simples tábua, sobre a qual fazia o seu descanso.
Desde os primeiros anos da sua vida eremítica foi celebrado e venerado por graças que obtinha de Deus. Pedro de Brunfort, paralítico desde infância, com extrema dificuldade conseguiu aproximar-se dele, e foi por ele instantaneamente curado com uma simples benção. E uma pobre mulher, atormentada por terríveis dores e convulsões, foi levada junto do eremita, que rezou por ela e a libertou de todos os sofrimentos. E muitas outras pessoas, de todas as condições, em especial doentes da alma ou do corpo, iam ter com ele para ouvirem a sua palavra inspirada, para se encomendarem às suas orações ou pedirem ajuda para as necessidades.
No intuito de evitar tais peregrinações que dificultavam a sua união com Deus, Hugolino resolveu escolher outro eremitério. Foi para o lado oposto do mesmo monte, para um sítio rodeado de penedos e de faias muito antigas. Aí pôde intensificar as formas de penitência e de meditação. Não pôde porém, evitar assaltos por parte do demônio, que uma noite tentou mesmo tirá-lo à força para o eremitério.
Por outro lado, novas peregrinações de pessoas devotas acudiam a ele, a fim de obterem alívio para as mais diversas necessidades, tanto espirituais como materiais. São célebres alguns prodígios por ele realizados neste novo eremitério, como o de por meio da oração fazer brotar uma nascente de água cristalina que ainda hoje é recolhida e usada com devoção por muitos crentes.
Desgastado por abstinências e penitências e pelo peso dos anos, sentiu que não tardaria a soar a sua última hora, e preparou-se para a visita da irmã morte, recebendo com devoção os sacramentos. Carinhosamente assistido por alguns devotos e por um sacerdote do mosteiro próximo, reclinado sobre a tábua nua que durante muitos anos lhe servira de leito, entregou a alma a Deus, no dia 11 de dezembro de 1373.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola
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