segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Especial - Santo Antônio de Sant’Ana Galvão.


O Santo que conheceu a colher de pedreiro.

Os operários da construção civil brasileira, especialmente os pedreiros,  podem se orgulhar porque  têm um Padroeiro. O primeiro santo brasileiro gastou 28 anos de sua vida usando a colher de pedreiro, além de traçar no papel ou em alguma tábua a planta do Recolhimento (hoje, Mosteiro) e da Igreja da Luz, em São Paulo!

Frei António de Sant’Anna Galvão, além de franciscano, sacerdote e fundador, pode, ou melhor, deve ser apresentado também como construtor e invocado como padroeiro de quem ganha o pão trabalhando entre andaimes, erguendo paredes, construindo casas ou projetando prédios, como fazem os engenheiros, os pedreiros e os serventes de pedreiro.

A tela de Carlos Oswald imortalizou Frei Galvão exercendo a dura profissão de pedreiro, como os Evangelhos imortalizaram José e Jesus de Nazaré na profissão de carpinteiros.

Para Deus, o que conta é o trabalho feito com dignidade e com o objetivo de colaborar na transformação do mundo e no bem-estar das pessoas. Isto é a glória de Jesus! Isto é santidade na sua expressão humano-divina!

As mãos que na Santa Missa erguiam ao Pai o Corpo e Sangue de Jesus para pedir misericórdia, erguiam também o tijolo e a colher com argamassa para o bem-estar dos homens, filhos de Deus.

Pedreiros, serventes, carpinteiros, oleiros, ferralheiros, mestres-de-obras, empreiteiros, desenhistas, pintores, arquitetos, engenheiros e todos aqueles que estão ligados à arte de construir, possuem hoje seu Patrono no Brasil: o Santo Frei Galvão. O título foi concedido no ano 2000 pelo Papa João Paulo II.


A obra de Frei Galvão, como arquiteto – o Mosteiro da Luz – recebeu sua inscrição como Monumento Nacional em 1943, no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Em 1988, foi honrado com a sua declaração pela UNESCO, como Patrimônio Cultural da Humanidade, um título muito merecido, mas também muito difícil de ser alcançado.


A tela a óleo reproduzida no santinho, de autoria da artista guaratinguetaense Nazareth (Maria Nazareth Coelho Antunes de Oliveira) foi doada ao Papa Bento XVI, quando de sua estadia em Aparecida, no ano 2007, após a canonização de Frei Galvão.

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