
Mateus de Gallo Cimarra nasceu em Agrigento em 1380 de pais oriundos da Espanha, no mesmo ano em que nasceu São Bernardino de Sena. Sua mãe o educou no santo temor de Deus, na bondade, na pureza da fé mais fervorosa. O jovem correspondeu generosamente aos cuidados maternos. Aos 18 anos se fez franciscano; na Espanha se doutorou em filosofia e teologia, e ordenou-se sacerdote em 1403. Ensinou a seus co-irmãos na Espanha por espaço de quatro anos.
Quando São Bernardino de Sena começou seu apostolado por toda Itália, Mateus partiu da Espanha e foi a Sena, onde foi escolhido por São Bernardo, como companheiro de apostolado. Os dois trabalharam juntos durante 15 anos na difusão do culto ao Santíssimo Nome de Jesus e na devoção à Nossa Senhora, empenhando-se em volver o primitivo ideal da Ordem Franciscana. Edificou muitos novos conventos, centros de espiritualidade franciscana. Em 1443, foi eleito Provincial de Sicília, que contava com 50 conventos, dos quais, 38 tinham o nome de Santa Maria de Jesus.
Com o Santo Nome de Jesus, percorreu a Sicília, pregou o Evangelho, recordou aos sacerdotes sua dignidade, reavivou a fé do povo, converteu pecadores; sua pregação foi confirmada por milagres. Foi mestre e formador de futuros santos, o quais quis como colaboradores: Beato João de Palermo, Cristóvão Giudici, Gandolfo de Agrigento, Arcângelo de Calatafimi, Lourenço de Palermo e Santa Eustóquia de Messina.
São Bernardino de Sena havia sido acusado de herege diante de Martinho V por haver pregado o culto ao Nome de Jesus. O Beato Mateus e São João de Capistrano defenderam energicamente ao grande mestre. E o processo terminou com triunfo.
Eugênio V, o nomeou bispo de Agrigento, tendo sido consagrado em 30 de janeiro. Desenvolveu uma intensa atividade; transformou o seu rebanho, extirpou os abusos, restaurou a disciplina, destinou aos pobres as rendas de seu bispado e combateu a simonia. Foi injustamente acusado diante de Eugênio IV, quem o chamou a si e reconheceu sua inocência. Depois de três anos de episcopado, renunciou a diocese e obteve permissão do Papa para voltar ao convento de Santa Maria de Jesus de Palermo, onde viveu os últimos anos em oração e solidão, dando exemplo de admiráveis virtudes. Em 7 de janeiro de 1451, passou para o descanso eterno. Tinha 71 anos. Seu sepulcro se fez célebre por freqüentes milagres acontecidos.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Edição Porziuncola
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