Irmãos Menores: bem-aventurados Pe. Cristian Gondek, Frei Marcin Oprzadek, Pe. Anastasio Pankiewicz, Pe. Narciso Turchan, Frei Bruno Zembol, Frei Fidel Chojnacki, Frei Sinforiano Ducki, Pe. Aniceto Kop´linski, Pe. Enrique Krzysztofik, Pe. Floriano Stepniak. Mártires da Primeira Ordem.
A causa de beatificação dos 108 Mártires, vítimas da perseguição da Igreja na Polônia nos anos 1939-1945 por parte dos nazistas, foi introduzida formalmente só em 1992. Na realidade, nas suas origens, remonta aos primeiros anos após a 2ª Guerra Mundial. A fama da santidade e do martírio dos 108 novos beatos, as graças atribuídas à intercessão deles, despertou a atenção muitas vezes das dioceses e famílias religiosas sobre a necessidade de iniciar as causas de beatificação pelo martírio. Para lembrar, por exemplo, os casos do arcebispo Julian Antoni Nowowiejski, o bispo Leon Wetmanski, Dom Henryk Hlebowicz, Dom Henryk Kaczorowski com o grupo dos sacerdotes de Wloclawek, Dom Jozef Kowalski, salesiano, irmão Jozef Zaplata da Congregação dos Irmãos do Sagrado Coração de Jesus.
Depois vem a beatificação do bispo Michal Kozal (Varsóvia, 1987), definido “um verdadeiro mestre dos mártires” pelo clero dos campos de concentração, especialmente de Dachau. Durante a discussão sobre o martírio do bispo Michal na Congregação para as causas dos santos, chegou até mesmo o pedido para começar um processo à parte referente a quantos foram os companheiros do Bispo Mártir no oferecer o sumo testemunho da fé.
O processo, por parte da conferência dos bispos poloneses, foi aviado e presidido pelo bispo da diocese de Wloclawek, a qual durante a perseguição havia sofrido, em percentual, as mais expressivas perdas entre o clero diocesano na Polônia.
No dia da abertura do processo em Wloclawek, dia 26 de janeiro de 1992, dia do aniversário de morte do beato mártir Michal Kozal, foram levados em consideração 92 mártires das diversas dioceses e famílias religiosas. O número dos candidatos foi depois mudando com a inserção de alguns novos candidatos e exclusão de alguns outros por motivo do não suficiente material de prova do martírio, considerado no sentido teológico. Enfim, o número dos mártires foi fixado em 108 pessoas, às quais foi infligida a morte por ódio à fé (in odium fidei) em diversas localidades e circunstâncias.
Os documentos do processo chegaram a encher 96.000 páginas e foram entregues, em 1994, para exame da Congregação vaticana para a Causa dos Santos. O sucessivo estudo, muito intenso, consentiu de chegar, já no dia 20 de novembro de 1998, à discussão teológica sobre o martírio. O resultado positivo, junto àquele do Congresso dos Cardeais e dos Bispos, dia 16 de fevereiro de 1999, abriram o caminho à beatificação, realizada pelo Santo Padre, dia 13 de junho de 1999, em Varsóvia, durante a sua viagem apostólica na Polônia.
Os 108 mártires
São provenientes de 18 dioceses, do ordinariado militar e das 22 famílias religiosas. Há sacerdotes, religiosos e leigos cuja vida, inteiramente dedicada à causa de Deus, e cuja morte, infligida por ódio à fé, levaram o selo do heroísmo. Entre eles estão três bispos, 52 sacerdotes diocesanos, 26 sacerdotes religiosos, 3 clérigos, 7 Irmãos religiosos, 8 Irmãs e 9 leigos. Estas proporções numéricas estão ligadas ao fato de o clero ter sido o principal objetivo do ódio à fé por parte dos nazistas de Hitler. Queriam calar a voz da Igreja considerada obstáculo na implantação de um regime fundado sobre uma visão do homem privada da dimensão sobrenatural e permeada de ódio violento.
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