sexta-feira, 29 de julho de 2016

Franciscano do dia - 29/07 - Bem-aventurado Nevolone de Faenza


Penitente da Terceira Ordem (1200-1280). Aprovou seu culto Pio VII no dia 4 de junho de 1817. 

A Ordem Terceira foi fundada por São Francisco para os leigos que não podiam ou não queriam renunciar à sua condição no mundo, e queriam seguir a Regra franciscana e “o segredo da santidade”, e semear em todos os estratos da população os ideais de pobreza, castidade e obediência.

Para dar uma ideia da vitalidade do movimento franciscano é o suficiente para mencionar os nomes dos terceiros, como Bem-aventurados Luquésio, São Luís, rei da França, Santa Isabel, da Turíngia, o rei de Castela São Fernando, Santa Rosa de Viterbo, São Ivo da Bretanha, Santa Margarida de Cortona, a Beata Humiliana de Cerchi, o Beato Contardo Ferrini e também figuras pitorescas como Pedro Pettinaio e Bartolo Bompedoni. A Estes nomes são adicionados o curioso e simpático Novelón ou Nevolone, terceiro franciscano de Faenza.

Filho de artesãos, o também artesão Nevolone de Faenza exercia o ofício de sapateiro em sua juventude e viveu uma vida que os biógrafos definem como “desordenada”, mas talvez fosse apenas negligente, uma vida gasta a trabalhar para ganhar tanto quanto possível para continuar a usufruir dos prazeres do mundo: um bom vinho, boa comida, mulheres bonitas e muita diversão.

Uma doença grave levou este sapateiro despreocupado a se unir à Terceira Ordem Franciscana e não foi um gesto meramente simbólico. De fato, sem sair de seu escritório, mudou o seu modo de vida e tornou-se caridoso, incansável penitente e rigorosamente pobre.

Muitas vezes peregrinou a pé descalço, apesar de sua profissão de sapateiro, e converteu sua esposa, antes companheira de suas aventuras. Acima de tudo trabalhava fazendo sapatos e mais sapatos, agora não mais para ganhar dinheiro, mas para dar tudo aos pobres, até ficar na pobreza extrema. Ao ficar sozinho, viveu como eremita pobre e devoto.

Onze vezes foi em peregrinação a Santiago de Compostela. Caridade, oração e penitência foram a síntese de sua vida. Ele morreu por volta de meia-noite de 27 de julho de 1280 com 80 anos. Seu corpo foi levado com grande pompa à catedral de São Pedro de Faenza e foi enterrado em um túmulo de mármore. Numerosos milagres o fizeram conhecido em todo o mundo. Tal era a afluência de peregrinos ao seu túmulo, que, para manter a ordem era necessário colocar guardas em 1282. Os faentinos o veneram com o culto público, que foi aprovado pelo Papa Pio VII em 4 de junho de 1817.

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