quinta-feira, 21 de julho de 2016

Santo franciscano do dia - 21/07 - São Lorenço de Brindisi


Sacerdote, Doutor da Igreja, da Primeira Ordem (1559-1619). Canonizado por Leão XIII em 1881

São Lourenço nasceu em Brindes, Itália, a 22 de julho de 1559, no seio de ilustre família. Bem cedo ficou órfão de pai e foi recebido, ainda criança, pelos Franciscanos Conventuais, frequentando entre eles os estudos de humanidades. Perdeu a sua mãe quando tinha 14 anos de idade. Nessa altura, deixou a cidade onde nascera e também o seminário dos Conventuais e passou a viver em Veneza, na casa de um tio paterno. Ali, conheceu os Capuchinhos e pediu para ser recebido na Ordem.

Passou o ano de noviciado em Veneza e, a 24 de março de 1576, foi admitido à profissão religiosa. Começou a estudar Lógica em Pádua e em Veneza iniciou o estudo da Filosofia e Teologia. Dotado de inteligência excepcional e levado pela sede insaciável de saber, aplicou-se em profundidade, sobretudo, nos estudos bíblicos. Dedicou especial cuidado às línguas bíblicas, e muito em particular, às línguas semitas, que aprendeu com tal perfeição, que provocava a admiração nos próprios rabinos.

A sua memória era verdadeiramente prodigiosa. Pode-se dizer que falava todas as línguas de então. Ordenado sacerdote em Veneza, aos 18 de dezembro de 1582, foi-lhe confiado o ensino da Teologia. Pelo conhecimento das ciências sagradas, pelos dotes de orador e pela sua santidade, conquistou a estima de todos os sábios daquele tempo e de seus irmãos.

Pelo conhecimento das diversas línguas, teve possibilidade de percorrer toda a Europa levando a toda à parte, mesmo a regiões onde proliferavam muitas heresias, uma palavra firme de verdade, de obediência e de fé. Foi eleito, diversas vezes, Ministro Provincial e Ministro Geral da Ordem.

Percorreu novamente (e a pé) grande parte da Europa, em visita aos seus irmãos, edificando-os com o exemplo da sua vida e com a sua palavra fervorosa. O segredo dos seus incontáveis recursos foi a devoção terna a Nossa Senhora, cujos privilégios e vida soube descrever com palavras de entusiasmo. À sua atividade pastoral e apostólica juntou a de escritor de vasta obra de exegese, oratória e de apologética, sobretudo, contra os luteranos. Clemente VIII chamou-o a Roma para o enviar à Hungria, Boêmia, Bélgica, Suíça, Alemanha, França e Portugal.

Foi pregador e embaixador junto de diversos soberanos de nações cristãs que estimulou para a cruzada contra os turcos a fim de evitar o seu avanço. Depois da Guerra, o Papa Paulo V mandou- o como embaixador de paz entre as potências cristãs frequentemente em guerra. Conseguiu conquistar o espírito dos mais turbulentos soberanos com a sua humildade, mansidão e a sua eloquência de homem habituado à oração e à penitência.
Dotado de tempera- mento enérgico e impulsivo, de habilidade, de oratória e força persuasiva, conseguiu trazer para a fé católica muitos protestantes e alguns hebreus. Em 1619, empreendeu sua última viagem à Península Ibérica, com a missão de paz junto do Rei Filipe III. Foi nesta missão que morreu, em Belém, na cidade de Lisboa, a 22 de julho de 1619, no mesmo dia em que completava 60 anos de idade.

 Foi canonizado por Leão XIII em 1881 e, em 1959, foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa João XXIII, com o nome de Doutor Apostólico.

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